Paraty – Manual para dias nublados

Em Paraty foi assim. A meteorologia não quis nem saber se era feriado prolongado ou não. Fez frio, choveu e nublou. Essa cidade fofinha de ruas de pedras desafiadoras tem muito a oferecer num clima ameno.

Passeie!

Afinal foi pra isso que você saiu de casa, certo? Uma voltinha pelas ruas do centro histórico é uma volta no tempo. Conheça o comércio local, artesanatos, artistas, pessoas, ruas. Perca-se, vale a pena! Deslumbre-se com a arquitetura característica da cidade (com suas portas e janelas coloridas). São lindas e rendem fotos ótimas.

Sugestão: deguste as cachaças locais (Gabriela, por exemplo, tem cravo e canela – coragem!). Pra quem gosta de doces, uma opção acessível são os carrinhos de gostosuras espalhadas por todos os cantos da cidade (tem cocada, quebra queixo, bolo, entre outros). Cinco reais um generoso bocado de qualquer um.

Descubra!

Paraty tem muita história e lugares para essa história ser contada, encontre o desbravador que existe aí dentro! A Casa de Cultura conta com exposições de aquarela, folclore e intervenções artísticas com vasta programação o ano todo. Conta também com uma unidade do Sesc e museu de arte sacra.

Observação: visitei o museu da igreja Santa Rita de Cassia. Particularmente, achei muito simples, com pouco atrativo. Para quem nunca visitou um museu de arte sacra, vale a visita, mas não vá com muitas expectativas. Já a Casa de Cultura é uma graça e bem organizada, recomendo!

Tem praia sim, por que não?

Pra quem já leu meus textos, sabe que praia não é comigo (vide post de Floripa). Uma boa alternativa de praia sossegada para um dia nublado é a praia do Jabaquara, que fica bem próxima do centro histórico. Por ter um mar tranquilo de poucas ondas, praticam-se modalidades como o caiaque e stand-up paddle. Você pode alugar os equipamentos por tempo (meia hora, uma hora), com orientação de uso. Pra quem, como eu, gosta de olhar o mar de longe, tem quiosques espalhados pela orla (um francês, inclusive) para bebericar e petiscar.

Ah, como é bom comer!

Vou recomendar dois lugares em que tivemos bom atendimento. O restaurante Engenho Colonial tem um extenso cardápio, comida gostosa e bem servida, e são ligeiros (comparado com os outros lugares que visitamos). Vale pro almoço e pro jantar.

Pra descontrair e enfiar o pé na jaca com vontade e gosto, o café Manuê te proporciona momentos de deleite! Com cardápio que serve desde wrap (que eles chamam de dobrado) até brownie com nutella e sorvete (quero dois!), passando por sucos e espresso. O atendimento é ex-ce-len-te e a decoração é um primor. Não tem como não gostar. Saudades, Manuê!

Paraty tem muito a oferecer além de seus eventos e praias, basta ter olhos para ver e coração aberto para sentir. E lembre-se: ao planejar uma viagem, tenha sempre o plano B para o caso de você se deparar com um dia nublado.

(agradecimentos especiais aos amigos Lívia, Tassi e Alê pela companhia nessa viagem gostosa!)

Viajando sozinha para o Peru

Nossa amiga Giselle Alcântara conta como foi sua primeira viagem sozinha:

Demorou mas saiu a minha primeira contribuição para o Porta Amarela! Emoji

Em setembro de 2011 estive no Peru, minha primeira viagem sozinha e, com certeza, uma das mais marcantes. O que mais gosto nas viagens é estar em contato com culturas diferentes, e o Peru, sem dúvidas, oferece essa riqueza cultural a cada local visitado.
Nas visitas às ruínas é aconselhável a presença de guia, pois senão acaba-se apenas vendo, e não conhecendo de fato o lugar (olha que li muito e assisti a muitos documentários antes da viagem). Mas todos os locais possuem muita complexidade e muita história envolvida e é interessante ouvir alguém que os conheça bem.
Os incas não deixaram escrita, então tudo fica mais misterioso e intrigante, pelas ruínas existentes nota-se que era um povo organizado e avançado na agricultura, engenharia e até mesmo estudos astronômicos, mas tudo o que se sabe são teorias.
Nessa foto estou em Ollantaytambo, a única cidade da era inca no ainda habitada.
Depois de Machu Picchu, foi o lugar que mais gostei de conhecer. Para chegar a Ollantaytambo, eu saí de Cusco (onde passei alguns dias, ainda vou contar aqui no blog sobre o restante da viagem), e me hospedei no Valle Sagrado. Fiquei no hotel La Casona de Yucay, fica a duas horas de carro de Machu Picchu, mas fui de trem para Águas Calientes (a dica é: deixar Machu Picchu para o final da viagem, pois com certeza é o lugar mais surpreendente).
Minha dica é deixar para comprar artesanato, lembranças e prata na feira de Pisac que ocorre ali pertinho, tudo muito mais barato e de boa qualidade.

Outras fotos das atrações do Peru:

O famoso “Choclo”, o milho “gigante” peruano. A unha já pedindo por uma manicure só apareceu na foto para comparar o tamanho do grão de milho com a ponta do dedo, rs. É preciso um pouco de coragem para experimentar. É vendido na rua pelas “cholas” (índias andinas que se vestem sempre com os trajes típicos), fica num caldeirão, na rua mesmo. Como a água acaba sendo fervida para cozinhar o milho, tive coragem e encarei. Ele é servido com um pedaço de queijo junto (é gostoso, rs!)

Valle Sagrado dos Incas, rio Urubamba e atrás é possível ver um pouco de neve (fiz a viagem em setembro, havia pouca neve, só no pico de algumas montanhas). A temperatura era, no geral, fria durante o dia, à noite e logo pela manhã caía bastante. Algo comparável à época de nosso inverno (nos dias de frio menos rigoroso), no sol sempre dava aquela esquentadinha a ponto de se tirar a blusa.

Não é um lugar de muita altitude comparado aos outros lugares em que estive. São 2792 m de elevação. Eu já estava bem adaptada à altitude nesses dias (em outro post contarei a experiência com o “mal da altitude” quando cheguei em Cusco e como o chá de coca ou mascar as folhas de coca ajudam).

Estamos esperando o próximo post, Gi!

Caraguatatuba – o coração do litoral norte paulista

Olá pessoal!

Quero compartilhar com vocês um lugar que faz parte da minha vida! Não vou dizer que passo férias porque este lugar é meu segundo lar… Cresci em Caraguatatuba no Litoral Norte Paulista, mas como a família mora na cidade estou sempre por lá.

Para mim Caraguá é o coração do Litoral Norte! O bom de hospedar-se na cidade é poder aproveitar alguns lugares e passeios que as outras cidades litorâneas oferecem. Por exemplo, para quem gosta de surf, em um dos dias da viagem pode desfrutar de uma praia em Ubatuba. Já quem prefere uma boa trilha e cachoeira, visite Ilhabela. Você pode aproveitar bem cada dia de suas férias com várias opções de lazer.

Mas não estou aqui para fazer propaganda de todo o Litoral Norte, que para mim é a melhor faixa litorânea do Estado de São Paulo! Falando da “minha cidade” do coração, Caraguá possui vários atrativos e histórias… Uma praia curiosa para conhecer é a Praia do Garcez ou Praia da Freira. Nela tem uma pedra que apresenta formato de uma freira inclinada e ajoelhada em direção ao mar. São várias as lendas, mas a que eu ouvi quando criança é que uma freira apaixonou-se por um jovem pescador que foi para o mar, ela ficou esperando seu amado voltar ajoelhada nas pedras, e este nunca retornou e a freira acabou virando uma pedra e espera até hoje.

O acesso é feito por uma pequena trilha ao lado da Praia do Camaroeiro, já aviso que a praia é pequena, mas é ótima para crianças por ter água calma com poucas ondas.

A Praia do Camaroeiro é propícia à pesca, no final dela tem o Entreposto de Pesca Artesanal, um “mercado” de peixes e frutos do mar frescos e direto do pescador local. Essa praia é continuação da Praia do Centro, e para quem gosta de fotografia, essa praia e o píer no final são ótimos para amantes de paisagem e local ideal para ensaios fotográficos.

Para quem adora natureza e um belo panorama da cidade, não pode deixar de conhecer o Morro do Santo Antônio, pico mais alto com vista de toda enseada de Caraguatatuba, São Sebastião e boa parte de Ilhabela. Também possui uma plataforma de voo para quem salta de asa delta e parapente, local ideal para os amantes de voo livre. O acesso é restrito para veículos, tem uma quantidade máxima permitida, mas para quem gosta de se aventurar em uma caminhada, o percurso pode ser feito a pé. Vale lembrar que são 340 metros de altitude, portanto utilizar tênis, chapéu ou boné, protetor solar e levar sua garrafa de água.

Mas a praia que eu mais gosto de ir é a Mococa. Tem mar calmo e quiosques, é uma praia badalada, mas não fica lotada com a Martim de Sá (praia muito badalada pela garotada).

Também indico conhecer o centro da cidade, tem a Praça Cândido Mota que conta com atrações culturais e musicais nas temporadas. Nesta praça fica a Igreja Matriz de Santo Antônio. E de frente para ela tem o Pólo Cultural Adaly Coelho Passos/ Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba, que além de exposições diversas, apresenta a história da cidade. Detalhe que antigamente neste local era uma escola municipal, eu estudei lá, fiz o primário.

São várias coisas para contar sobre a cidade, mas vou parar por aqui se não ao invés de um texto escrevo um livro! Para que quiser saber mais informações turísticas da cidade pode entrar em contato com a Secretaria de Turismo pelos telefones (12) 3897-7910/ 7920/ 7921 ou acessar o site www.portal.caraguatatuba.sp.gov.br

Agradeço a oportunidade de poder partilhar um pouco da “minha” Caraguatatuba com vocês!

Tais

“Obrigado e boa viagem” – A vida de comissário por Fernando Alves

Quando vamos ao aeroporto é impossível não encontrar com um ou vários comissários de bordo desfilando seus uniformes e bagagem pelo corredores. Em nossas viagens, eles estão sempre lá, prontos a deixar nossa viagem mais confortável e agradável. Quem nunca se imaginou estar nessa posição, viajando pelo Brasil ou pelo mundo? Pois é, mas a vida de comissário não é tão glamourosa quanto imaginamos. Nosso querido amigo Fernando Alves conta um pouquinho da sua experiência pra gente.

Porta Amarela: Por que você escolheu a carreira?

Fernando Alves: Bom, minha entrada no mundo da aviação aconteceu de uma forma inesperada. Nunca tinha pensado na possibilidade de trabalhar na área. Eu trabalhava como professor de inglês e meu chefe na época tinha voltado a trabalhar como Comissário de Bordo. Ele já tinha trabalhado em outras companhias e resolveu voltar. Foi aí que ele me perguntou se eu não queria fazer o curso e disse que me daria bem na área por ser comunicativo, ter um bom nível de inglês e trabalhar com o público. Aí ele me passou o telefone da escola em que ele tinha feito o curso e fui atrás. A partir daquele momento fiz uma pesquisa ampla sobre aviação e me apaixonei.

PA: Como foi todo o processo para chegar a ser comissário?

FA: O processo não foi nem um pouco fácil. Primeiro temos que fazer um curso teórico que dura aproximadamente 6 meses. No curso estudamos matérias como: meteorologia, conhecimentos gerais da aeronave, primeiros socorros entre outros. Também fazemos aula prática de sobrevivência na selva (a tão famosa rsrs). Depois de passar por todo esse processo ainda temos que prestar uma prova na Anac (Agência de Aviação Civil) para poder receber o certificado de habilitação teórica. Só depois de passar na prova da Anac podemos participar do processo seletivo de alguma companhia aéreas para trabalhar como comissário.

PA: Quais os prós e contras da profissão?

FA: Toda profissão tem seu lado bom e o lado não tão bom. Escolhi uma profissão que aos olhos de muita gente seria a profissão perfeita pelo fato de você viajar o mundo inteiro. Mas na verdade nós trabalhamos e não viajamos (rsrs) As pessoas sempre falam: Nossa você só viaja (rsrs) Na verdade a gente trabalha e muito. Temos rotina, ao contrário do que muita gente pensa. O lado bom é poder estar com várias pessoas de todo lugar do mundo, conhecer a história de cada um de uma forma bacana, a gente ouve muitas histórias, conhece pessoas que raramente veremos de novo. Prestar um bom atendimento às pessoas e zelar pela segurança é fundamental. E também tem o lado bom de poder conhecer cada cantinho do nosso país. O lado não tão bom acho que é estar ausente em algumas datas comemorativas como natal, ano novo, aniversário de familiares e amigos. Mas a gente dá um jeito e faz o natal ou ano novo ser numa segunda feira quando reunimos a família.

PA: Quais são os seus planos para o futuro?

FA: Estou investindo no meu conhecimento e estudando outros idiomas como italiano e francês. Em 2016 quero fazer um curso de enologia (estudo de vinhos). São planos que vão auxiliar na minha carreira profissional.

Nós estamos torcendo pelo seu sucesso, Fê! Beijos do Porta Amarela!

O aconchego interiorano de Santo Antonio do Pinhal

Olá pessoal do Porta!

Hoje estou mandando as minhas considerações sobre a cidade Santo Antônio do Pinhal, que fica localizada em São Paulo (e como havia falado é aquela que aparece na propaganda da Becel).

A cidade de Santo Antônio do Pinhal é uma cidade pequena com pouco mais de 6 mil habitantes. Lá há diversos passeios a serem feitos com preços para todos os bolsos.

Quando fomos lá pela primeira vez o intuito era apenas de utilizar a cidade como dormitório para depois irmos a Campos do Jordão, porém, a cidade se mostrou muito interessante e aconchegante do que podíamos imaginar.

A cidade se resume em uma via principal, onde ficam estabelecimentos, igrejas, praças, e muito mais.

Logo na entrada da cidade você passa pelo Jardim dos Pinhais, que é o primeiro parque de jardins temáticos do Brasil. Concebido para despertar nas pessoas a observação, contemplação e espírito de preservação ambiental. Para manterem sempre floridos os jardins, eles trocam as flores de tempos em tempos. Cada jardim que você passa é inspirado em um país, vale a pena conferir! E este é pago a entrada.

A Igreja principal é a Matriz de Santo Antônio de Pádua. Bem localizada, pega um quarteirão inteiro. Em períodos de festa ficam barraquinhas em suas laterais com comidas típicas. Ela foi construída em madeira, no ano de 1811. Em 1924 foi iniciada, no mesmo local, a construção do templo atual, em taipa de pilão. Por ser uma cidade interiorana e seguidora de tradições, Santo Antônio do Pinhal conserva e realiza diversas festas religiosas e folclóricas o ano todo.

Há outra igreja na mesma rua, de São Benedito, onde há uma escadaria imensa a ser subida. Assim como a igreja Matriz, a igreja de São Benedito conserva a tradição religiosa combinada com a alegria do povo interiorano de Santo Antônio do Pinhal.

Subindo a lateral da Igreja de São Benedito você chega ao Pico Agudo, que é ma-ra-vi-lho-so!! De tirar o fôlego!! Lá você tem a visão 360° do Vale do Paraíba, vide fotos. No pico há a possibilidade de saltar de paraglider e outros tipos de voos livres.

As duas igrejas podem ser visitadas sem custo nenhum e são lindas por dentro e por fora. Na mesma rua há o Boulevard Araucária, ao lado da rodoviária, que conta com galeria de lojas e restaurante, ponto de encontro de jovens e turistas. Neste local há um relógio que marca a temperatura, como em Campos.

Na praça do artesão são realizadas as várias festividades que há na cidade, bem como corridas, competições, shows, etc. Nesta praça ficam barraquinhas com comidas típicas, algumas feitas à base de pinhão, tudo muito gostoso e barato. A praça do artesão dá de fundos com a rua que chega à cidade e onde fica a fonte Santo Antônio, e algumas barraquinhas de artesanato, lindinhas, vale a visita.

Na cidade existem vários mirantes que você pode ver a cidade como um todo.

Ainda há muitos outros locais que valeriam serem comentados e visitados nesta cidade porém, ainda não passei por todas, por isso sempre que posso volto à cidade para fazer mais passeios turísticos.

Não falei que valia outro post?

Espero que tenham gostado. Beijos, Mirtes.

CURITIBA – Cenário europeu sem sair do Brasil

Se você  gosta de beleza, cidade limpa e organizada e quer ver cenários tipicamente europeus, sem sair do Brasil, pode optar sem medo por Curitiba.

Estive lá semana passada e me encantei com tudo que vi.  Recomendo começar pelo passeio de ônibus de cabine dupla que faz a City tour, saindo de uma das principais praças da cidade.  É o mesmo esquema usado na Europa.  Você compra o bilhete (R$ 35,00), tendo direito a quatro paradas em locais selecionados.  Um novo ônibus passa a cada meia hora e você pode embarcar novamente e continuar seu passeio com toda a calma.
O Jardim Botânico é imperdível. Com seus jardins em formato geométrico, ele encanta e dá um banho de beleza em seus olhos e sentidos, pois tem uma área onde é incentivado o toque nas plantas. Além de apreciar a beleza, poder sentir a textura e o perfume das ervas e flores é algo que não se pode dispensar.
Caso você goste de uma passeio de trem, não deixe de fazer a excursão até Morretes, Antonina e o porto de Paranaguá.  Um passeio muito interessante e onde você fica com a impressão de estar flutuando no ar, pois os trilhos atravessam despenhadeiros e paisagens incríveis, tudo em meio à Mata Atlântica. Vale muito a pena.
Outro local que não tem como não conhecer é o Bairro Santa Felicidade.  É lá que estão os restaurantes mais famosos da cidade.  Rodízio de massas, excelentes vinhos e um lindo bairro, tipicamente italiano esperam por você.  Há tempos que eu não comia tão bem e pagava um preço tão simpático.
Caminhar pelas ruas de Curitiba, visitar a Rua 24 horas ou ainda saborear um pinhão quentinho em uma das barracas da Feira de Artesanato é outra coisa que não dá pra perder.
Se você também gosta de vida noturna e de se divertir nas viagens, tem o Teatro Guaíra, o Teatro do Paiol e outros palcos alternativos como o da Caixa Cultural e SESI, sempre com atrações musicais  interessantes e outros tipos de espetáculo. O Museu Oscar Niemeyer é outra parada obrigatória.
Amei Curitiba e sempre que puder, voltarei  à  cidade.  Recomendo e garanto que você não vai se arrepender ao escolher a capital paranaense como seu próximo destino turístico.
Klaudia

Um dia em Campos do Jordão

Olá pessoal do Porta!

Estou passando para contar sobre uma viagem de carro que fiz há pouco tempo e que sem dúvida foi bem desestressante e barata. Fui para Campos do Jordão. Sim! Campos pode ser barato, desde que você saiba onde ficar e trace um roteiro legal com antecedência.

Então, para começar, ficamos (eu e meu namorado) numa pousada em Santo Antônio do Pinhal, que fica a 20 minutos de carro de Campos.

Santo Antônio é um lugar calmo, de clima agradável e de pessoas solícitas. A cidade é bem pequena (é aquela que aparece na propaganda da margarina Becel, olha só). Nela podem-se encontrar atrativos que valem outro post.

Voltando ao foco, dormimos em Santo Antônio do Pinhal porque lá a estadia é mais barata, pagamos cerca de 150 reais a diária com café da manhã e posso te falar que é um ótimo café: com frutas diversas além de pães e bolos caseiros.

Para o segundo dia, traçamos a seguinte rota:

Ducha de Prata

A ducha de prata é um local turístico, não precisa pagar nada. Na entrada ficam casinhas que vendem artesanatos e logo atrás há um stand que oferecem tirolesa (que na minha opinião não vale a pena por ser de uma distância muito curta). Nossa visita pela ducha foi rápida, tiramos algumas fotos e fomos rumo ao próximo ponto.

Chocolaterias de Campos

Existem várias chocolaterias espalhadas pela cidade, mas as mais badaladas são a Araucária e a Montanhês, todas maravilhosas! Recomendo o sorvete de pistache da Araucária, meu preferido (sim, lá não vende só chocolate), e o chocolate cremoso da Montanhês: é para tomar e depois raspar com a colherzinha, uma delícia!!

Horto Florestal

O Horto é um pouco afastado da cidade mas vale muito a pena. A entrada custa 12 reais e são oferecidos vários passeios de trilhas, arvorismo com tirolesa e bicicleta. Por ser um horto, lá são vendidas mudas de diversas árvores, flores e outras plantas. Também possuem um tanque de carpas que são bem grandes, tipo uns 60 centímetros. O lugar é fantástico, com muito verde e um ótimo espaço, dá para passar o dia, levar coisas para fazer piquenique e curtir quem estiver com você.

Restaurante Baden Baden

Por último fomos ao famoso restaurante Baden Baden (http://www.obadenbaden.com.br/), que fica num prédio estilo europeu, com dois andares de espaço aos clientes, super bem localizado. A comida é de primeira e com um preço justo e, é claro, tem cerveja também. A comida e a cerveja se complementam, muito bom, vale a pena ir! Comemos uma linguiça com queijo (feita por eles), com a cerveja Baden Baden-Red Ale. E o que não pode faltar num restaurante de descendência alemã: Strudell. Simplesmente divino!

Ao sairmos do restaurante já eram 20 horas, a rua estava movimentada e havia sido fechada para os pedestres ficarem mais confortáveis para comer, beber, conversar. É, na verdade, um ponto de encontro do pessoal que badala em Campos. Não importa se está 10 ou 3 graus, o povo está na rua, conversando e se divertindo.

Espero que com o meu relato você aproveite Campos tanto quanto nós aproveitamos.

Um abraço, Mirtes.

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MUSEU DA IMIGRAÇÃO

Quando estava no ensino médio, a professora de geografia nos pediu como trabalho de final de ano que fizéssemos nossa árvore genealógica. Acho que não era obrigatório, era apenas um trabalho para conseguir um ponto extra. Lembro que levei bem a sério essa tarefa, fiz anotações, sabatinei meus avós, queria que minha árvore tivesse tantos galhos quanto fosse possível.

Tenho um flerte com o passado. Acredito que todos nós, uma vez na vida que seja, já tivemos essa necessidade de saber de onde viemos. Não de um jeito saudosista, de quem acha que nasceu na época errada. Mas entendendo o passado como minha origem, tenho meios de refletir sobre o meu presente. E refletindo, me sinto pertencente a um grupo, lúcida para escolher qual caminho pretendo seguir, senhora do meu futuro.

Talvez essa reflexão sobre de onde viemos e o sentimento de pertença expliquem minha alegria em conhecer o Museu da Imigração em São Paulo. Localizado na região central da cidade, o museu foi uma casa de acolhimento aos imigrantes que chegavam ao porto de Santos em busca de uma oportunidade de vida melhor no novo mundo.

A casa é uma construção gigantesca! É possível passear por seus corredores e pátios, refeitório e jardins onde os antepassados de milhares e milhares de pessoas (talvez os meus e seus, inclusive) passaram, dormiram, se alimentaram e sonharam. Pessoas que ajudaram a construir nossa cultura, partilhando a deles com os que aqui já viviam.

A Festa do Imigrante, realizada anualmente pelo museu, celebra essa miscelânea de gente que somos hoje. E quer jeito mais gostoso de conhecer um país do que saboreando sua culinária? Durante a festa era possível comer um doce na Hungria e dar um pulo à Noruega para provar um salmão defumado. No mesmo prato de doces, Síria, Iraque e Portugal deram-se as mãos para alegrar nosso paladar. O refeitório (anteriormente usado pelos estrangeiros recém-chegados) foi tomado por descendentes de nacionalidades diferentes, compartilhando o pão e a mesa. E você se dá conta de como são estúpidas todas as guerras.

Para quem não pôde participar da festa, uma exposição de longa duração conta de forma interativa desde a partida dos imigrantes de seus países de origem, até a chegada à casa de acolhimento. A exposição possui objetos, cartas e uma infinidade de referências que nos transportam, mesmo que por um instante, a uma época que não é a nossa, mas que nos pertence.

Tudo começou com um trabalho de escola sobre árvore genealógica, feita de papel e canetinha. A curiosidade me fez perceber de quantas histórias a minha própria história é feita. Visitar o Museu da Imigração é um passaporte para compreendermos em profundidade a história de milhares de pessoas que sonharam com um mundo novo, repleto de oportunidades. E não é exatamente disso – sonhos e perspectivas – que nos movem em busca do nosso mundo novo particular?

Para mais informações sobre horários de visita e programação, visite o site:http://museudaimigracao.org.br/

Obs: além das barracas de comidas típicas, a Festa do Imigrante também conta com atividades interativas como oficina de dança, apresentações culturais além da feira de artesanato.

Conhecendo o Sul de Minas Gerais: Gonçalves

Para quem acha que Campos do Jordão é a única atração durante o inverno, eis que trago boas novas: não. Há São Bento do Sapucaí, como já mencionado aqui no Porta Amarela, entre tantas outras cidades. Hoje vamos falar um pouco sobre um outro achado: Gonçalves.

Gonçalves é um pequeno município localizado no Sul do Estado de Minas Gerais, perto da divisa com o Estado São Paulo. A região é encantadora devido ao verde das montanhas que se contrasta com o céu azul e o friozinho. Uma ótima oportunidade para quem quiser relaxar por um dia ou um fim de semana.

Gonçalves é conhecida pela deliciosa culinária mineira, cachoeiras, pedras e picos. Para quem se interessa, é possível encontrar alimentos orgânicos na feirinha da cidade. Além disso, o Turismo de Aventura é muito difundido por lá e turistas de todos os lados aproveitam, de forma consciente, toda a beleza e opções de lazer que a natureza oferece.

Meu pai, que é muito interessado pela região, decidiu me levar para almoçar no Restaurante Dona Vilma. O restaurante fica localizado numa fazenda que se encontra no Bairro Venâncios. Para chegar até lá é necessário um pouco de espírito de aventura: são praticamente 9km de estrada de terra, morros e uma paisagem que aquieta a alma e nossos pensamentos.


A comida saborosa, simples e mineira virou até matéria no programa Globo Rural. A famosa “carne de lata” é seu atrativo principal. As sobremesas caseiras, especialmente o doce de leite, também são deliciosas.

Ah, não poderia deixar de recomendar um gole de café caipira. Durante o trajeto é possível parar em barraquinhas onde quitutes mineiros são vendidos. E, na maioria delas, há o delicioso cafezinho esperando ser degustado.

As regiões e cidades nem tão “desbravadas” do nosso Brasil merecem ser mais desfrutadas, não? 🙂

MUSEU DO CAFÉ – SANTOS

Das atrações turísticas da cidade de Santos, a que sempre me chamava atenção era o Museu do Café. Tive a oportunidade de conhece-lo recentemente e garanto: não pode ficar de fora do seu roteiro. Deixe a praia de lado e vá.

Logo na entrada do Museu você encontra uma cafeteria. Parada obrigatória, obviamente. Eles oferecem diversos tipos de café espresso, além de salgados e doces para acompanhar. O Museu também conta com uma lojinha de souveniers e um guarda volumes. O ingresso custa 6 reais e aos sábados, catraca livre. Eles também possuem uma programação cultural intensa que vão de atrações musicais à workshops culinários. O Museu do Café está localizado no antigo prédio da Bolsa do Café, no centro antigo da cidade (as ruas são de paralelepípedos, uma graça). Neste local as sacas do produto eram negociadas no ínicio do século XX.

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Entrada deslumbrante do Museu.

Logo no ínicio da visita você encontra o hall onde os “barões do café” faziam as negociações. O espaço ainda conta com pinturas nas paredes que retratam a Santos daquela época, executadas pelo artista Benedito Calixto. A segunda sala mostra todo o processo do cultivo do café, tipos de ferramentas utilizadas para secar, moer e torrar os grãos, além das maneiras como a bebida era preparado ao longo do tempo. Um vídeo resume todo o processo nos dias de hoje (veja um trechinho na nossa fanpage).

No segundo piso, a declaração de amor ao café continua. Uma linha do tempo super detalhada nos conta como o café chegou ao Brasil e porque tornou-se nosso principal produto de exportação e consumo. De forma dinâmica e divertida, são apresentadas aos visitantes maquinários antigos e os instrumentos utilizados pelo sommeliers na degustação do produto (trabalho difícil, não?). Também é possível aprender sobre a arquitetura do prédio e como cada pedacinho foi restaurado (do assoalho ao teto).

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Visitar o Museu do Café é ter a oportunidade de vivenciar momentos de extrema importância para o crescimento econômico do nosso país e entender como o café tormou-se patrimônio nacional. A visita é deliciosa como uma xícara de café. Até quem diz não ser muito chegado à museus vai gostar…e querer voltar. Acesse o site do Museu do Café nesse link http://www.museudocafe.org.br/ e confira mais informações, o cardápio da cafeteria e a programação mensal. E por favor, conta pra gente o que achou desse passeio. Até a próxima!